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Câncer de Pâncreas: Os Sinais Que o Corpo Envia Muito Antes do Diagnóstico — Mas Quase Ninguém Percebe
Uma nova pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Oxford lançou luz sobre uma das formas mais letais e silenciosas de câncer: o de pâncreas. O estudo revelou que pacientes que futuramente receberiam esse diagnóstico começaram a manifestar sintomas até um ano antes da confirmação da doença. Em casos mais agressivos, os sinais se intensificam nos três meses anteriores ao diagnóstico. Mas o grande perigo está no fato de que esses sintomas costumam ser ignorados — por parecerem triviais ou por se confundirem com outras condições mais comuns.
Diferente de outros tipos de câncer, o de pâncreas costuma evoluir sem causar sinais evidentes nas fases iniciais. Isso dificulta o diagnóstico precoce e reduz drasticamente as chances de tratamento curativo. Não é à toa que, embora represente apenas 1% de todos os tumores diagnosticados, ele é responsável por cerca de 5% das mortes por câncer. A explicação está justamente na sua agressividade e na demora em ser identificado.
Entre os sinais mais recorrentes, estão alterações na cor da pele e dos olhos — a icterícia — acompanhadas de urina escura, sem causa aparente. Muitos pacientes também relatam cansaço contínuo, perda de apetite, emagrecimento significativo e uma dor persistente na parte superior do abdômen, que pode irradiar para as costas. Mas não para por aí. O estudo revelou sintomas mais discretos, porém relevantes, como sede excessiva, náusea, indigestão frequente, sensação de inchaço abdominal, azia prolongada e coceira generalizada. Em alguns casos, surgem alterações intestinais como diarreia, constipação, presença de gordura nas fezes ou dificuldade em digerir alimentos. O problema é que, isoladamente, esses sinais podem parecer banais — e por isso são frequentemente ignorados, tanto por pacientes quanto por profissionais de saúde.
Riscos Genéticos, Ambientais e Ocupacionais: Quem Deve Redobrar a Atenção?
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), de 10% a 15% dos casos têm origem genética, ligados a mutações nos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2 — os mesmos relacionados ao câncer de mama e ovário hereditários. Outras síndromes genéticas, como a de Peutz-Jeghers, e a pancreatite hereditária também aumentam a predisposição. No entanto, a maior parte dos casos é atribuída a fatores comportamentais e ambientais, como tabagismo, sobrepeso, obesidade, diabetes tipo 2 e pancreatite crônica de origem não hereditária.
Há ainda riscos ocupacionais importantes. Profissionais expostos com frequência a agrotóxicos, solventes industriais e substâncias químicas — como trabalhadores rurais, operários da indústria do petróleo e da manutenção predial — têm mais chances de desenvolver a doença. A idade também pesa: o câncer de pâncreas é raro antes dos 30 anos, mas sua incidência cresce exponencialmente a partir dos 60. Entre os 80 e 85 anos, os casos disparam, com maior predominância entre homens.
O diagnóstico é feito por exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética ou ultrassonografia, aliados à biópsia. Quando descoberto precocemente, a cirurgia pode ser eficaz, com chances reais de cura. O problema é que, na maioria das vezes, a detecção ocorre tardiamente — quando o câncer já se espalhou para o fígado ou outros órgãos, limitando as opções de tratamento à quimioterapia.
O alerta dos pesquisadores é direto: sintomas aparentemente comuns podem esconder algo grave. Estar atento e buscar avaliação médica diante de qualquer mudança incomum no corpo pode fazer toda a diferença. Afinal, no caso do câncer de pâncreas, o silêncio é sua arma mais mortal.