Desafiador, Moraes rebate Trump e dispara sobre Bolsonaro…Ver Mais
Moraes desafia Trump, não recua e promete julgamento sem piedade
Em um cenário político já inflamado por disputas internas e pressões internacionais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, elevou o tom e fez uma declaração firme que repercute dentro e fora do Brasil. Em entrevista ao Washington Post, publicada nesta segunda-feira (18/8), Moraes foi categórico: o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorrerá com rigor absoluto, sem ceder a pressões externas — nem mesmo as oriundas do governo norte-americano sob a gestão de Donald Trump.
A entrevista ocorre dias após o nome de Moraes ser incluído na lista da Lei Magnitsky, uma sanção dos EUA voltada a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. Mesmo assim, ele não hesitou:
“Não há a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer”, afirmou, deixando claro que não aceitará qualquer tentativa de intimidação internacional. Para ele, o processo contra Bolsonaro será conduzido dentro das garantias constitucionais, mas com total firmeza.
“Quem deve ser condenado será condenado. Quem deve ser absolvido será absolvido”, reforçou.
Bolsonaro prestes a encarar o julgamento mais delicado de sua vida
A declaração vem em um momento de extrema tensão institucional. Bolsonaro, que desde que deixou o cargo acumula investigações, agora está no centro de um dos processos mais sensíveis da história democrática recente. A acusação: participação ativa em uma tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022.
O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, que já tem sessões agendadas entre os dias 2 e 12 de setembro de 2025. Além de Bolsonaro, também estão na mira o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, apontados como figuras-chave na articulação do suposto plano golpista.
A denúncia do Ministério Público é pesada: o grupo teria minado a confiança nas eleições, espalhado desinformação, incentivado atos antidemocráticos e tentado impedir a transição de governo. A defesa de Bolsonaro nega tudo, alegando que o ex-presidente apenas exerceu seu direito à liberdade de expressão.
Mas com Moraes à frente, o recado está dado: nenhuma interferência, nem mesmo vinda de Trump, será capaz de frear a justiça brasileira.