Ônibus de vi4gem c0m 31 pessoas TOMBA na BR-156 e deixa vítimas e….ver mais
No Coração da Madrugada: O Capotamento que Interrompeu uma Viagem e Expôs uma Realidade Cruel
Ainda estava escuro quando o silêncio da madrugada foi rompido por um estrondo seco, seguido de gritos e sons metálicos ecoando pela mata. Eram aproximadamente 4h30 da manhã desta quinta-feira, 31 de julho, quando um ônibus da empresa Viação Santanenses, com 31 passageiros a bordo, perdeu o controle e tombou no KM 477 da BR-156, entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho.
O coletivo havia partido da cidade de Oiapoque e seguia rumo a Macapá, capital do estado. A viagem, que deveria durar horas tranquilas sobre o asfalto, tornou-se um pesadelo para os ocupantes. Num dos trechos mais remotos e perigosos da rodovia, o motorista perdeu o controle do veículo. Em questão de segundos, o ônibus saiu da pista e tombou, deixando dezenas de passageiros feridos e espalhando bagagens pela vegetação.
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Testemunhas relataram momentos de puro pânico. “Acordei com o barulho, o ônibus já estava virando. Foi muito rápido, pensei que fosse morrer ali”, disse uma passageira que sofreu ferimentos leves. Os primeiros atendimentos foram prestados no hospital de Tartarugalzinho, para onde os feridos foram levados. Embora não haja, até o momento, vítimas fatais confirmadas, o trauma psicológico dos envolvidos é evidente.
Vídeos gravados por moradores e outros motoristas mostram a cena do acidente: o ônibus tombado, passageiros atônitos, e o isolamento do local — sem iluminação, sem sinalização e com um pavimento que há anos é alvo de denúncias.
BR-156: A Estrada Que Cobra um Preço Alto de Quem se Aventura por Ela
O que causou o acidente? Essa é a pergunta que agora move a investigação da Polícia Rodoviária Federal. Especialistas apontam três hipóteses principais: falha humana, problemas mecânicos ou, o mais alarmante, as condições da própria rodovia. A BR-156 é conhecida por seus longos trechos sem asfalto, buracos, sinalização precária e abandono por parte das autoridades.
Cada novo acidente em rodovias como essa escancara a vulnerabilidade de quem depende do transporte terrestre em áreas remotas do Brasil. A negligência com a infraestrutura pública continua ceifando vidas e deixando cicatrizes. Até quando?
A resposta, infelizmente, parece se perder no asfalto rachado da BR-156 — enquanto o próximo acidente pode já estar sendo anunciado pela estrada silenciosa, à espera de sua próxima vítima.
